quarta-feira, 28 de julho de 2010

FÁCIL

Extremo da felicidade. Sentir a tal ponto algo que não conseguimos negá-lo. De tal forma empenhamo-nos em cumprir uma promessa ou a fazer algo que ficou inacabado depois de ser tomada uma decisão. Ponto. E continua (..) sem qualquer explicação, não nos é dada a permissão de desistir. Continuamos e continuamos até que finalmente, depois de nos termos esforçado durante tanto tempo, conseguirmos ter atingido a maioria dos feitos que, assim, ficaram acabados. Missões cumpridas, sonhos que se tornaram parte da nossa realidade. Em escassos momentos sentia-se diferente. Lutou como ninguém, fez o “pequenino” esforço que já ninguém faz, apenas porque as nossas vidas têm que ser facilitadas ao máximo. Adaptar, reagir e viver são verbos que já não constam na vida diária de muitos de nós. À primeira queda nenhum de nós se levanta, esperamos até que alguém estenda a mão e nos dê a ajuda necessária para voltarmos à rotina normal da vida que finge ser simplificada e fácil. A sensação de que o tempo pára mesmo à nossa volta enche-nos a cabeça, procuramos então uma saída, um local de onde se possa fugir facilmente, como por exemplo uma praia. Local perfeito para pensar, sobre uma rocha ou sentados sobre a areia fina molhando os pés à beira-mar. Pensámos, pensámos e pensámos e nada nos veio à cabeça como solução fácil. Aquilo de que realmente precisámos era de uma caixa com algo escrito a letras grandes e pretas, simples e directo “SOLUÇÃO FÁCIL”. Mas como nada hoje, amanhã ou daqui a uns tempos vai ser fácil vamos ter que continuar a fingir a nossa felicidade e a partilhá-la com outros.

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